Chama-se genericamente policultura a produção agrícola de vários tipos de produtos (ex: feijão e batata). A policultura está associada aos minifúndios, propriedades fundiárias de dimensão mínima, em função de fatores diversos, tal como hortaliças, por exemplo. A policultura é um sistema de agricultura familiar orientado pelo escritório para o Nordeste da ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais). Os agricultores recebem orientação e tecnologia para desenvolver um novo jeito de cultivo, privilegiando a mistura de sementes. Com a policultura, sementes variadas são cultivadas e formam nichos de proteção contra a aridez do solo, em função da seca. O policultor tem a oportunidade de cultivar sementes que não faziam parte de sua cultura, como gergelim, sorgo, feijões e legumes variados. Consegue, com o método, alimentação para si e para os animais, além de contribuir com o reflorestamento do semiárido, a partir do plantio de mudas de árvores. Atualmente, mais de 3 mil famílias foram beneficiadas no Nordeste com a policultura, na Bahia e no Piauí. Mas a policultura também tem história. Até crise da agricultura em 1929, as cidades prosperaram principalmente com a monocultura da cana e do café, com as quais absorveram quase todas as terras boas para o plantio e os braços disponíveis, desestimulando a policultura e acarretando, não raro, escassez de gêneros alimentícios e a necessidade de importá-los. Com a crise, abriram-se perspectivas para novas culturas. Nessa época, a grande fazenda começou cada vez mais a ceder o papel de vanguarda da expansão povoadora a lavradores modestos, que foram desbravando as matas virgens do extremo oeste e ali assentando seus sítios para uma pequena produção agrícola ou para o estabelecimento de pastagens. São Paulo se modernizava, e novas condições iam sendo dadas para a policultura. Hoje, há vários projetos que estimulam a policultura, tal como o Projeto Policultura no Semi-Árido.
Carlos Eduardo R. Carvalho, nº06, 7ªE
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